sábado, 29 de agosto de 2009

o processo penal das pessoas importantes

Se Sócrates não fosse primeiro ministro de líder do PS já tinha sido constituído arguido no caso Freeport. Do mesmo modo, Vale e Azevedo só foi constituído arguido depois de perder a presidência do Benfica, Jardim Gonçalves depois de cair do BCP e Dias Loureiro depois de sair do Conselho de Estado.
Isto vem a propósito de notícias segundo as quais o processo Freeport já está «praticamente pronto» e só falta muito pouco para ser terminado. Entretanto, foram constituídos arguidos todos os próximos de Sócrates no Ministério do Ambiente, mas Sócrates não.
Não, ou ainda não? That is the question!
Vários indícios e pessoas apontam para Sócrates. Desde o célebre vídeo até as casinhas no Heron Castilho. Por isto, num inquérito competentemente e sadiamente desenvolvido Sócrates já teria sido ouvido. Não são suficientes as «declarações» que tem prestado na comunicação social. e, a ser ouvido, terá de o ser como suspeito, isto é, como arguido.
Eu sei que, enquanto for Primeiro Ministro, tal nunca sucederá, porque o processo penal português não tem «dente» para as pessoas importantes.
Mas daqui lanço um desafio ao Produrador-Geral da República: se o processo for concluído sem que Sócrates tenha sido ouvido como arguido, será a segunda maior vergonha da história do Ministério Público: a primeira foi o encobrimento no processo de Camarate. Pinto Monteiro e Cândida Almeida entrarão na celebridade... pela pior razão.

2 comentários:

  1. E a 3ª? Talvez o processo Casa Pia?

    Parece que o Avante deu uma dicas sobre o envolvimento do Pedroso e do Ferro.
    Parece que desta vez, acertaram mesmo na "verdade que temos direito".

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  2. É por estas e por outras que acho que devíamos ter vários procuradores da república escolhidos por eleição directa. Em vez de apenas um, escolhido pelo cinzentismo e pelo numero de vénias aos dois partidos de governo.

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