quarta-feira, 30 de setembro de 2009

o sexo dos anjos

A UE vai abrir um processo de défice excessivo contra Portugal.
O Governo Português vai ter de propor à Comissão Europeia políticas e medidas concretas tendentes à redução do défice. Commonsense não está a ver, nem um Governo capaz de o fazer, nem que políticas e medidas tendentes à redução défice poderão ser propostas pelo futuro Governo, seja ele qual for.
Se Portugal não propuser um plano concreto e credível de redução do défice ou este não for aprovado, a Comissão Europeia passará a reter os fundos comunitários (ou parte deles) que deixarão de ser recebidos em Portugal.
Os Portugueses parecem os Bizantinos, a discutir o sexo dos anjos, talvez para deixarem olhar aquilo que não querem enfrentar.

finalmente, uma supervisão credível

Jean-Claude Trichet, Presidente do Banco Central Europeu, apoiou publicamente a criação de uma autoridade europeia de supervisão financeira, incluindo, banca, bolsa e seguros. Em declarações perante o comité económico do Parlamento Europeu, Trichet disse: “it is the right step to set up a body specifically responsible for macro-prudential oversight”.
A unificação da supervisão financeira, que tinha sido proposta pela Comissão Europeia em 23 de Setembro, ficou assim muito reforçada.
Sob a égide do Banco Central Europeu e beneficiando do seu prestígio e fiabilidade, serão assim substituídas as supervisões nacionais, cuja falha clamorosa na presente crise financeira não permite que sobrevivam por mais tempo.
Há alguns anos já, as pessoas mais atentas manifestavam falta de confiança no actual sistema de supervisão, disperso por cada Estado Membro, por causa do fenómeno conhecido como «captura do supervisor» que permitia que a excessiva proximidade entre supervisor e supervisados conduzisse a uma perigosa «complacência» no exercício da supervisão. Esta «complacência» - chamemos-lhe assim - teve um papel pesado nesta crise financeira, notório em Portugal no «caso Constâncio».
A reforma da supervisão financeira com a sua concentração no ECB constitui um passo muito importante para a reconstrução do sistema financeiro europeu e a recuperação da sua credibilidade.
(Nota: este assunto não suscitou o interesse do pequeno mundo dos jornalistas portugueses)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

o pequeno mundo dos jornalistas 2

Por jornalistas do DN, foi noticido um e-mail entre jornalistas do Público, segundo o qual um jornalista de Belém teria dito a um jornalista do Público, que haveria escutas ou actividades semelhantes em Belém.
De Belém ninguém disse nada, tendo apenas sido demitido o jornalista de Belém.
Os jornalistas e os políticos exigiram de Belém esclarecimentos. Belém deu os esclarecimentos.
Estes esclarecimentos foram poucos porque a história também não era muita.
Neste momento, nas televisões, jornalistas entrevistam jornalistas e criticam Belém.
Continuamos reféns do pequeno mundo dos jornalistas.

o pequeno mundo dos jornalistas

Estive em Berlim a última semana da campanha eleitoral. Lá debatia-se a próxima geração. Aqui discutia-se o que os jornalistas traziam à discussão.
Em Portugal a política, a actividade cívica... e até o futebol... tudo é determinado pelo que os jornalistas pensam e dizem.
Estamos reféns do pequeno mundo dos jornalistas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bons resultados na Alemanha

Ao contrário do que se passou aqui, as eleições na Alemanha propiciam estabilidade governativa numa coligação entre o CDU-CSU e o FPD.
A Alemanha via conseguir assim ser governada para a saída da crise económica. Vai continuar a não admitir a entrada prematura da Turquia na UE, vai ter capacidade para se adaptar ao Tratado de Lisboa e para continuar a ser a locomotiva económica da UE.
O Ministério das Finança parece que irá para os liberais, o que é bom para reduzir o défince e o peso excessivo da Estado na economia.
Entretanto, a UE vai abrir um processo de défice excessivo a Portugal. Outra vez. Agora é que vai começar o fim da festa. Por onde é que Sócrates vai poupar no défice? Aceitam-se sugestões.

domingo, 27 de setembro de 2009

Eu sou um europeu que nasceu aqui

É engraçado como se perde uma eleição que até o Rato Mickey ganhava. O PSD da Manuela encostou tanto à direita que perdeu o centro e não estou a ver bem como, quando ou mesmo se alguma vez o virá a recuperar.
O que me anda a parecer é que CDS e PSD cada vez são mais a mesma coisa (qualquer dia fundem-se), que o PS é cada vez mais PSD e que eu cada vez tenho menos a ver com tudo isto. Estou mais interessado nas eleições alemãs e, para a semana, no referendo irlandês.
Enfim, este povo tem o que merece. É rasca, é reles e é medíocre, mas é democrático. O parlamento e o governo vão ser a imagem da nação.
Quando recentemente estive na Bélgica, perguntei a um comissário com quem jantei se era possível ter a cidadania europeia sem ter de ter uma de um Estado Membro. Disse-me que não. Mas nada me impede de, pessoalmente, só assumir a cidadania europeia.
Eu sou um europeu que nasceu aqui.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

per carità

Tirem-me dali o Sócrates


per carità !

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

...e ainda pior...

Como se não chegasse, agora foi o Conselho Superior da Magistratura a «congelar» a classificação do Juiz que acusou o Pedroso no processo Casa Pia. Segundo a imprensa, este «congelamento» foi provocado pelos três socialistas de serviço no Conselho e por causa da acusação que formulou contra Pedroso.

Com esta prática, ficam os demais magistrados a saber que quem acusar socialistas importantes, por exemplo, Sócrates, vai ser prejudicado na sua classificação e, portanto, na sua carreira.

Isto é demasiado grave. Depois das pressões sobre o Ministério Público, sobre a comunicação social, sobre os funcionários públicos, sobre os empresários, etc., etc., agora são os próprios Juízes que são despudoradamente pressionados, condicionados, ameaçados, «congelados».

É mesmo tão grave que ainda me vai levar a reconsiderar a minha opção pelo voto branco: é que, por mais que me custe votar na Manuela e nos seus anõesinhos, repugna-me vir (ou continuar) a ser governado... por «isto».

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

...de mal a pior...

Esta demissão de Fernando Lima é muitíssimo estranha. Conheço-o dos meus tempos de política activa e custa-me a acreditar que tenha feito o que quer que seja sem instruções específicas ou sem a aprovação expressa do Presidente da República. Ao afastá-lo, o Presidente fica enfraquecido: os seus apoiantes mais próximos não vão confiar nele da mesma maneira.
Por sua vez, o enfraquecimento político do Presidente é péssimo para o País. Na falta de maiorias, a próxima solução de governo necessita de uma mediação presidencial e pode mesmo vir a precisar de um reforço da intervenção da Presidência da República na governação durante o próximo quadriénio.
Vejo com muita preocupação a situação política, em Portugal, a degradar-se aceleradamente, quando é previsível o agravamento da situação económica e o aprofundamento da crise social.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

the day after

Muito mais do que o que se diz e faz nas campanhas, nos debates e até nos gatos fedorentos, interessa-me o que se fará quando isto tudo passar, seja qual for o governo... no dia seguinte.
Olhando para situação da economia e das finanças, as perpectivas são péssimas. O próximo governo, seja ele qual for, vai ter de tomar medidas draconianas. Não sei quais serão e nem me apetece pensar nisso.
Mas, já agora, recordo que, na Hungria, o IVA foi subido para 25% (com um efeito dramático nos preços) e a função pública foi reduzida a 12 meses por ano.
Pensem nisto.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

crisis, what crisis?

Do Correio da Manhã de hoje:

Bastonário paga jantar de 300 euros com ministro

A reunião de "alto nível" realizada na Ordem dos Advogados há uma semana, que juntou Marinho Pinto, Alberto Costa, Pinto Monteiro e Noronha Nascimento, acabou também com um jantar de "alto nível" num dos mais caros restaurantes de Lisboa. Já sem o presidente do Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, o bastonário da Ordem dos Advogados, o ministro da Justiça e o procurador-geral da República jantaram no Gambrinus, e a refeição, regada com uma garrafa de tinto ‘Evel Grande Escolha’ de 2004 – que naquele restaurante custa 96 euros –, ascendeu a perto de 300 €, segundo apurou o CM.

Nota 1: Este Bastonário começou o seu mandato a criticar as despesas dos anteriores membros da Ordem no Gambrinus
Nota 2: O Gambrinus é conhecido como «a cantina da Ordem dos Advogados»
Nota 3: Cantaria o Zeca Afonso: Eles comem tudo e não deixam nada...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

...tudo é vaidade e vento que passa...

Enquanto estive fora, não vi nenhum debate, não ouvi, não conversei e não discuti sobre as legislativas.
Estive rodeado por uma paisagem linda, que não queria estragar.
Depois de amanhã parto para Berlim, a respirar civilização.
Continuo a não ter a intenção de ver debates ou entrevistas.
Os protagonistas são tão previsíveis, tão predictable, que não vale a pena.
Restam os jornalistas (e os analistas) a decretarem quem ganhou e quem perdeu.
E assim se ocupam, se interessam, se emocionam, se convencem de que existem e se envaidecem de si mesmos.
Como diz o Eclesiastes: Vaidade, vaidade! Tudo é vaidade e vento que passa.

domingo, 13 de setembro de 2009

terra do fogo

Commonsense acaba de regressar de algures no Norte. Durante duas semanas, foi raro o dia em que não teve um incêndio a distância preocupante, alguns com honras de helicópteros e tudo.

Houve de tudo: beatas atiradas das janelas dos carros para a berma da estrada, queimadas imprudentes (e proibidas) mal controladas, ódios velhos e até fogos postos descaradamente.

Dá para alvitrar que o Norte de Portugal passe a ser chamado Terra do Fogo.

sábado, 12 de setembro de 2009

por que não um concurso público europeu ...

Os treinadores de futebol, os consultores económicos, os médicos, os músicos, os professores universitários podem - e têm sido - recrutados no estrangeiro para satisfazer as necessidades do país quando os nacionais não servem.
Era uma boa ideia abrir concurso público europeu para primeiro ministro e tentar recrutar Blair, Delors (já um bocado velho, mas óptimo), Sarko, ou - sei lá -  outra pessoa competente que nos tirasse deste dilema de ter de escolher entre estes dois trengos.
Não seria de ponderar, na próxima revisão constitucional, a possibilidade (liberdade) de candidatar cidadãos europeus verdadeiramente capazes?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

privatização da saúde e da segurança social

Está em brasa, nos Estados Unidos, a discussão sobre a privatização, ou não, da segurança social e do sistema de saúde. A privatização teria duas vantagens: (1) a alimentação do mercado de capitais com fundos astronómicos que deixariam de ser mal geridos pelo Estado e proporcionariam uma capacidade acrescida de financiamento das empresas; (2) a gestão privada seriam sempre melhor do que a pública, quer a gestão financeira os fundos recebidos dos particulares, que a gestão operacional dos serviços de saúde e de segurança social.

Hoje ambas as vantagens foram desmentidas pelos próprios interesses privados candidatos à gestão dos sistemas de saúde e de segurança social. Com a actual crise financeira, deram tais provas de ganância, incompetência e desonestidade que ninguém no seu prefeito juízo se atreverá a confiar-lhes a gestão dos sistemas nacionais de saúde e de segurança social.

Antes alguma ineficiência estadual do que aquilo que se viu, se vê e se verá.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

onde andam as elites portuguesas?

Portugal tem falta de elites. É um problema histórico concomitante com o esgotamento causado pelo sonho imperial. Com 3 milhões de habitantes, quis dominar metade do mundo. Ficou esgotado. Perdeu grande parte da sua elite em Alçácer Kibir. Depois a Restauração, o Brasil, mas o Terramoto voltou a destruir muita coisa e quase todo o acervo documental. No século XIX deixou no Brasil uma parte ainda não contada, mas com certeza importante, da sua elite que para lá tinha partido praticamente toda. O «fidalguismo», corruptela de um aristocracismo falhado, lançou a ideia peregrina de que a verdadeira aristocracia (de berço) devia ser ignorante e bruta, não precisava de se aculturar porque tinha a subsistência assegurada hereditariamente. Daí uma ideia ainda pior, esta espalhada à burguesia emergente com pretensões, segundo a qual só a riqueza herdada era legítima e apresentável, e só estudava, trabalhava e se aperfeiçoava quem era «mal nascido». Os verdadeiros fidalgos não trabalhavam, não aprendiam, não sabiam nada e nem se interessavam por se aculturarem, se aperfeiçoarem ou fazerem (ou deixarem feita) qualquer coisa de notável. Ainda hoje, infelizmente, se encontra esta manifestação nos alunos das faculdades: quem estuda com afinco, quem quer verdadeiramente aprender, quem aspira a melhorar o mundo, é olhado por cima do ombro com desdém. O verdadeiros ricos (os novos fidalgos novos-ricos de hoje) não precisam de estudar porque têm pais, família e relações que os dispensam de coisa tão plebeia. Trabalhar é bom para os pobres. É este, muito resumidamente o quadro social daquilo que eu chamo depreciativamente «o fidalguismo».

O fidalguismo conduziu Portugal a uma tremenda rarefacção de pessoas com qualidade. Mais ou menos em todos os sectores da sociedade, desde a política, ao ensino, às artes, à ciência, à tecnologia, à empresa, etc., são demasiadamente poucas as pessoas com verdadeira qualidade. São demasiados os portugueses que não têm qualidade e nem sequer estão interessados em tê-la.

Isto viu-se bem, por exemplo, em inquéritos sobre o Tratado Constitucional Europeu, depois sobre o Tratado de Lisboa: um número esmagador de pessoas disse que não conhecia, mas não fez um esforço para conhecer. E olhava acusadoramente para sabe-se lá quem dizendo que «deviam» informar melhor. E, pergunto eu, por que não deviam informar-se melhor?

Do mesmo modo dedicam-se à leitura dos muitos jornais desportivos e sobre questões políticas limitam-se ao chavão: «são todos iguais, não vou votar» deixando o seu destino em mão alheias.

Queixam-se e choram das suas dificuldades, à vezes até se indignam, mas pouco ou nada fazem para sair delas. Têm pena de si próprios. São exigentíssimos com os outros e nada consigo mesmos.

Tudo isto vem a propósito da lamentável alternativa que se apresenta ao eleitorado: Sócrates e Manuela. São os dois péssimos. Sócrates é um suburbano pretencioso, ignorante e espertalhaço, que não sabe nada de coisa nenhuma e se vangloria permanentemente daquilo que não é, não fez e não merece. Manuela ficou com a ideologia política da Acção Católica dos anos 60, do tempo em que andou na Faculdade. Nunca se actualizou, nem sequer domina o discurso oral, cometendo constantes falhas de concordância, incoerências, contradições etc. Na política de família, ficou antes do Vaticano II. Não cuidou conhecer o eleitorado e as propostas que apresenta entusiasmam uma faixa bem magra da sociedade.

O que é dramático é não haver, ou não aparecer, mais gente. Gente com qualidade, nos vários sectores do espectro político. O que é importante como facto político nestas eleições não é que ganhe este ou aquele candidato: é que, ganhe quem ganhar, quem ganhar não presta, como não prestará qualquer coligação que venha a formar-se.

Há realmente uma dramática falta de elites em Portugal. Por onde andam elas, será que estão dispersas, ou não existem mesmo?

a nova geração de magistrados e as pressões orais

Há uma nova geração de magistrados que são verdadeiramente independentes de partidos e ideologias. É dela que sairam os dois procuradores que têm em mãos directamente o caso Freeport.

A geração anterior está muito (embora não na totalidade) influenciada por linhas políticas e principalmente pela maçonaria. Desta geração são os magistrados do Ministério Público superiores hierárquicos dos dois referidos no parágrafo anterior.

A Magistratura do Ministério Público - ao contrário da Magistratura Judicial (juízes) - não é verdadeiramente independente e os superiores hierárquicos podem dar instruções
àqueles que superintendem. E é aqui que está o grande problema do processo Freeport. As instruções têm de ser escritas, mas há uma fortíssima e antiquíssima tradição de instruções orais que não ficam documentadas nos processos.

Há quem esteja a pressionar os procuradores do processo Freeport para que o concluam sem envolver Sócrates e os seus próximos e principalmente sem os constituir aguidos. Sucede que os procuradores do processo não devem obediência a instruções que não sejam escritas e não querem assumir tal orientação como de sua inciativa.

Daí toda esta confusão de pressões.

domingo, 6 de setembro de 2009

os amigos são para as ocasiões

Segundo o Expresso de ontem (1º caderno, pág. 37, canto inferior direito, «Juízes amigos»), a procuradora Cândida Almeida participou na campanha de Soares em 2006. Pode ler-se aí:
E, continuando nesta promiscuidade entre políticos e magistrados, ainda estamos para saber por que razão deram o 'caso Freeport' a uma pessoa - a dramaturga Cândida Almeida - com ligações ao PS (campanha de Soares em 2006)
. A "dramaturga" deve ser gralha.

Não sabia que Cândida Almeida, além de procuradora chefe do DCIAP, tinha proximidade política com o PS a ponto de participar na campanha eleitoral de Soares.

Pensava - oh santa ingenuidade! - que os magistrados no activo não podiam ter actividades político-partidárias e também - agora santíssima ingenuidade! - que nesta circunstância ela própria recusaria um caso como o Freeport.

É uma vergonha para a justiça - e torna fundadas todas as suspeitas - que, além de Lopes da Mota (também participante em campanhas socialistas), também Cândida Almeida esteja na mesma situação.

É verdade que quase já não há cargos públicos que não sejam ocupados por socialistas (oficialmente militantes, não oficialmente militantes, simpatizantes, etc.). Mas desta maneira se compreende a parcialidade com que tanta gente no aparelho judiciário se movimenta para evitar que sejam beliscados Sócrates e, agora também, Pedro Silva Pereira.

Estes truques poderão ser eficientes e conseguir a "absolvição" oficial de Sócrates e do seu governo da acusação de suborno no caso Freeport.

Mas não conseguirão convencer ninguém que tenha dois dedos de testa.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

TVI 4 - a TVI espanhola

Segundo o DN, Manuela Moura Guedes terá sido afastada por ordem de Cebrian, da PRISA espanhola.
Com isto, o diário pró-governamental tentou desviar a autoria do afastamento para além da fronteira.

Mas basta saber da ligação da PRISA ao PSOE e deste ao PS português (o partido-irmão) para ver a mãozinha de Sócrates nesta vergonha.
Sócrates é mesmo assim: um homem sem carácter. Depois de fazer as vergonhas que faz, tenta imputá-las a terceiros. Também no Freeport.

Por cá, ficamos a saber que a TVI é dirigida por espanhóis a partir de Espanha. Espanhol por espanhol, sempre é melhor ver a TVE.

De fuga em fuga, de patifaria em patifaria, Sócrates vai-se enterrando. Só pode ser salvo mesmo pela outra Manuela, a Ferreira Leite, de tão má alternativa que é.

o PS de Sócrates

No Público:

O PS de Sócrates é contra a liberdade

Este texto é interessante e esclarece muita coisa.

Freeport again: a tentação do encobrimento

Do Público, hoje:

Carlos Guerra, antigo presidente do Instituto de Conservação da Natureza e sexto arguido no caso Freeport, quer o afastamento dos procuradores que trabalham no dossier por suspeitar da sua independência e imparcialidade.

Esta é mais uma tentativa de afastar do processo do Freeport os dois procuradores que continuam a resistir às pressões da PGR e do DCIAP para que encerrem o processo sem acusar Sócrates e, pior ainda, sem chegar a ouvi-lo como arguido.

É uma inversão de tudo o que existe num processo penal sério: transformar os procuradores em suspeitos e os arguido em vítimas, os corruptos em coitadinhos e quem persegue a corrupção em os maus da fita. É a continuação da tentativa de pressão de Lopes da Mota. É a luta entre a Justiça e o Crime.

Esta gente é o máximo: será que já não há o direito de cobrar comissões nos actos de governo e de administração? de enriquecer na política e no Estado? então para que vale fazer carreira no partido? tirem daqui estes chatos destes procuradores que não sabem como as coisas são e deixem funcionar o mercado: quem pagar mais é quem leva a autorização, a licença, a adjudicação, o concurso. Querem acabar com o "sistema"?

Claro que querem acabar com o "sistema" e fazem muito bem.

Pelo modo como isto está a evoluir, poder-se-á chegar ao extremo em que os cidadãos comuns terão de se constituir assistentes no processo - têm direito de o fazer - e requerer formalmente a inquirição de Sócrates ou, em desespero de causa, participar criminalmente ao PGR a tentativa do crime de encobrimento.

Não esqueçamos como foi encoberto o caso de Camarate.

o burro vaidoso

Commonsense andava sem saber em quem votar: entre uma mula velha e um burro vaidoso a opção era o voto branco.

Mas as coisas mudaram, já não se trata só de um burro vaidoso, de um pipi suburbano, de um parolo ignorante: agora trata-se de um tiranete autoritário.

Commonsense não vai dar quartel:

sicuta para o Sócrates!

TVI 3

Com esta jogada porca de tomada de controlo da TVI, Sócrates conseguiu o impossível: fazer-me votar na Manuela. Vou fechar os olhos e votar. Acho-a francamente má, mas não pior que Sócrates... e em tempo de guerra não se limpam armas.

O projecto totalitário-empresarial de Sócrates está a pôr em perigo a nossa liberdade e cidadania.

É preciso fazer o que for preciso! É preciso correr com o Sócrates daqui para fora, e com a sua quadrilha de socretinos e salafrários.

A Manuela Moura Guedes é uma chata. É verdade. Mas é democrático ter de aturar quem diz mal do governo e dos governantes. Hoje passou a haver menos liberdade de imprensa e de expressão do que nos tempo de Marcelo Caetano. E isto por um projecto político-empresarial de controlo político total e de maximização do lucro.

Não pode ser!

Se os cidadãos não defenderem a república, ela não se defende sozinha!!!

TVI 2

Em resposta à tomada da TVI por Sócrates, só há uma reacção de imediato:

dessintonizar a TVI nos nossos televisores

TVI 1

O Moniz foi empurado para fora da TVI.
O telejornal da Manuela Moura Guedes foi suspenso na TVI.
Está em curso um ataque à imprensa livre como só na Venezuela de Chavez.

Sócrates, sim, aquele da falsa licenciatura, das assinaturas de projectos alheios, do Freeport, dos apartamentos no Heron Castilho, das ligações perigosas com tudo o que são empreiteiras e imobiliárias, e bancos (semi)falidos, como nem em Angola, o Sócrates da nossa vergonha está a tentar montar uma estrutura totalitária e autoritária de poder.

Mas nós não vamos deixar.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pas fous, les Anglais

Em Inglaterra, a lei obriga os juízes e outros agentes da justiça a revelar se pertencem a uma maçonaria ou a outra organização congénere.

Ils sont pas fous, les Anglais.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

os 4 magníficos

Alberto Costa lança hoje livro escrito com o Procurador-Geral, presidente do Supremo e bastonário da Ordem dos Advogados. (Expresso)

Diz a notícia:

Durante um ano e mais ou menos uma vez por mês Alberto Costa, Noronha do Nascimento, Pinto Monteiro e Marinho e Pinto jantaram juntos e discutiram o estado da Justiça. Apesar de nem todos se darem exactamente muito bem, aceitaram o convite do ministro para escrever um livro "Justiça 2009" com o resultados das reflexões à mesa. O livro é para oferta e não vai ser posto à venda.

Estes quatro têm duas coisas em comum: a maçonaria e serem responsáveis pelo estado em que se encontra a justiça. Esta quadriga, aparelhada à carroça da injustiça, deve ficar como símbolo de que para haver justiça não chegam as estruturas: são necessárias pessoas justas, pessoas seriamente empenhadas na realização de uma justiça imparcial e igual para todos.

A Justiça faz-se com togas e becas: não se faz com aventais.

Não admira, pois, que o livro não seja posto à venda: o público não o compraria. Assim, somos todos nós, através do orçamento, a ter de o pagar.