domingo, 31 de outubro de 2010

no seio dos pobres de Job

Depois do colapso económico do Estado e da Finança, causado pela estupidez e pela ganância de socialistas e milionários, será preciso recomeçar. A partir de a baixo de zero, com pobreza, com preserverância, com os dentes cerrados, com fome e com frio, sem desfalecer.

Mas uma coisa não pode acontecer: a recuperação dos que nos trouxeram aqui. Não lhes tenho ódio, mas quero que vão morrer longe. Por favor não lhes permitam que continuem ricos como o Midas, no seio dos pobres de Job.

FME

Tenho ouvido na boca de várias pessoas que melhor seria vir já o FMI.

Não perceberam que veio já o FME. É a mesma coisa numa versão mais civilisada.

sábado, 30 de outubro de 2010

a inutilidade da imprensa portuguesa

Pelo link do último post pode avaliar-se a diferença entre o que é dito pela imprensa portuguesa sobre a última cimeira europeia e o que realmente se passou.
Já vem de há longos anos a manipulação da imprensa portuguesa. No tempo do salazar, pelo SNI, no do Marcelo pela mesma organização, creio que, com um nome diferente e um pouquinho mais de leveza. Durante o PREC pelos vários partidos, grupos e grupelhos políticos. Depois, pelos partidos institucionais. Agora, pelas várias agências de comunicação e, naturalmente, por quem as contrata, principalmente, pelo Governo.
Em Portugal continua a não haver imprensa séria. Desde o Expresso, que se tornou um 'jornal de recados' e de fofoca, até aos outros todos. Quem quiser saber notícias tem de ir ler jornais estrangeiros.
Por mim, assino o Economist e leio o Der Spiegel na internet. E recomendo. O Economist é militantemente anti-UE, mas no resto é bom. O Spiegel é óptimo, e pode ser lido em versão inglesa. Os jornais portugueses são bons para acender a lareira.

federal

Do último Conselho Europeu saíu um sistema de gestão de crises financeiras de Estados Membros claramente federal.
Ainda bem. Não é, na realidade, possível gerir um espaço económico comum, com uma moeda comum, sem um sistema em que os orçamentos e a gestão orçamental dos Estados Membros não seja submetida a um controlo federal. De outro modo, cada Estado Membro poderia endividar-se excessivamente que seriam os outros todos a pagar. Isto traria tensões que a, longo prazo, acabariam por pôr em crise o Euro e a própria União.
Portugal acabou por desempenhar o papel (meritório?) de dar o último argumento para a federalização da gestão orçamental na UE, tal a irritação que causou a sua gestão no último ano.
Por enquanto, ainda só é federalizada a gestão orçamental dos Estados Membros em dificuldades financeiras. Mas o primeiro passo está dado.
Acho bem.

domingo, 17 de outubro de 2010

vampiros

São eles, o vampiros, os governantes e os socialistas, com os seus gestores, os seus empreiteiros e os banqueiros.

pobre classe média ...

Ainda não vi o orçamento com olhos de ver, mas já o compreendi suficientemente para ver que é a classe média que vai pagar a incompetência, os desmandos financeiros e o favorecimento das empresas e dos milionários do regime.
Além de eticamente, isto é também socialmente mau. A classe média é, por um lado, o grande motor da econmia que assim fica sem músculo para resistir e recuperar; por outro lado, a classe média é, como se sabe, o único sector verdadeiramente activo (até mesmo revolucionário) da sociedade, o que vai previsivelmente ter consequências na paz pública, quer dizer, na falta dela.
Vai haver pobreza e intranquilidade social. Preparem-se (se puderem e souberem).

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

entre o diabo e o inferno...

Este orçamento é péssimo. Assente em mentiras contabilísticas, como a contabilização do fundo de pensões da PT, arruina a classe média, a grande força activa do país, atira para as mão de um governo irresponsável milhões de Euros que servirão para arruinar ainda muito mais o futuro de Portugal, não toca nas empresas e nos milionários do regime e vai fazer colapsar a economia.

A alternativa é não aprovar o orçamento e pôr o país a duodécimos, o que evita mais despesas tresloucadas com os milionários do regime, mas vai permitir ao Sócrates fugir do governo e agravar a crise atribuindo as culpas ao PSD.

Entre o diabo e o inferno.

words, words, words...

Quando eu aprendi psicologia no Liceu, ensinaram-me que a inteligência era a capacidade de encontrar respostas adequadas a situações objectivamente novas.

Hoje, por aqui, confunde-se inteligência com facilidade de verbalização. Muito à moda mediterrânica, inteligente é quem fala bem. Por isso, temos tido uma série praticamente ininterrupta de faladores nos postos importantes de decisão. Aponto como exemplos: Santana Lopes, Marcello, Barroso, Soares, Sócrates e até este último Ministro das Obras Públicas cujo nome desconheço.

Avis canoras!

Só que falam bem, mas pensam mal e actuam pior.

domingo, 10 de outubro de 2010

a nave dos loucos

Segundo pessoas politicamente bem informadas (eu já deixei de o ser), será aprovado um orçamento que não é este, negociado e consensuado entre líderes do PS e do PSD que não são estes.
Na negociação do orçamento, Sócrates seria rapidamente substituído e Passos Coelho também. Daí as movimentações do Tó Zé Seguro e da inevitável Manuela.
Os 'negócios' exigem isso. Duodécimos é que não.
O orçamento seria aprovado com a oposição dos líderes do PS e do PSD.
Perante a minha incredulidade, perguntam-me qual é a solução? A resposta é: já não há solução.