quarta-feira, 27 de abril de 2011

o verdadeiro finlandês

Diz por aí a imprensa (não é que eu acredite muito) que o comissário finlandês da Comissão Europeia diz a quem o quer ouvir que o apoio a Portugal tem de ser votado por unanimidade de todos os 27 membros da UE e que a Finlância poderá vetar.
 É estranho, desde logo, porque o estatuto dos membros da comissão não lhes permite representar ali os seus países, nem promover os seus interesses. Por outro lado, porque a União Europeia é um projecto de solidariedade e não uma agremiação de interesses nacionais e financeiros.
 Mas, se vier a acontecer que a Finlândia vete o apoio a Portugal, nem por isso Portugal deixa de o poder (e dever) obter do FMI, do qual é membro de pleno direito.
 Haverá naturalmente uma pesada redução do consumo, em produtos de toda a espécie. Em produtos finlandeses, essa quebra do consumo andará, penso eu, próxima dos 100%.
 Já que os 'verdadeiros finlandeses' sobrepõem o egoísmo do dinheiro à solidariedade dos europeus, aqui lhes ofereço um exercício: o que é que lhes faz mais diferença, participar no apoio comunitário a Portugal ou perder a totalidade das vendas para Portugal?
 Há-de haver quem faça as contas. Talvez os finlandeses 'não verdadeiros'.

terça-feira, 26 de abril de 2011

bankster

Bankster é o nome muito usado a seguir à crise de 1929 para designar banqueiros desonestos. Resulta da contracção de 'banker' com 'gangster'. Andam muitos por aqui.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Portugal precisa de seriedade

Passos Coelho é um político que, para mim, tem uma qualidade inestimável: uma relação saudável com o dinheiro.
 Não se deslumbra com milionários nem se põe de gatas ao seu serviço, como tantos políticos que arruinaram o país com negócios duvidosos e degradaram esta democracia numa oligarquia. E foi isto o que Sócrates, Barroso, SLopes, Guterres, Portas e, em parte, Cavaco. 
 Se me enganar actuarei contra ele. Mas conheço-o há muitos anos, e julgo saber que com ele em PM as coisas mudarão para bem melhor.
 É por isto que o sector milionário da sociedade portuguesa (inclusivamente dentro do PSD) o ataca tão furiosamente e compra, através das agências de imagem, tanto texto nos jornais e tanto tempo nas TVs.
 Portugal precisa duma liberança política que não se deslumbre com milionários e banqueiros e não privilegie os negócios que são bons para eles e péssimos para Portugal.

domingo, 24 de abril de 2011

fome

Estão a aumentar os furtos de comida nos supermercados, feitos por pessoas que não têm como dar de comer aos filhos.

sábado, 23 de abril de 2011

o nobre...

 O PSD foi buscar o Nobre com quem compra o passe dum futebolista. O Nobre apanhou o PSD como quem apanha o eléctrico 28 para a Graça.
 Foi bom ou mau negócio? As eleições o dirão.
 Por enquanto, está a ser muito má a reacção do interior do PSD, dos anteriores fãs do Nobre e das pessoas politicamente mais envolvidas, activas e informadas. Os jornalistas também andam muito críticos.
 Não sei qual vai ser a reacção do eleitorado menos empenhado, do povo pequeno.
 Ver-se-á.
 Só espero que não venha a ser o Nobre a salvar a eleição do Sócrates.
 Se for, então os portugueses consagrar-se-ão como o povo politicamente mais estúpido do mundo.

vítor constâncio

Depois de toda esta orgia de comportamentos bancários disfuncionais, irracionais e incompetentes, importaria pelo menos responsabilizar Vítor Constâncio.
Era da responsabilidade dele não permitir que a Banca portuguesa fizesse o que fez.
Qual a justificação que ele dá?
Ninguém lhe pergunta?
Ninguém o responsabiliza?

domingo, 17 de abril de 2011

a outra face da lua: cláusulas de equilíbrio financeiro

 Só servirá Portugal um novo governo que no seu primeiro acto legislativos aprove uma «Lei de Emergência Económica» que lhe permita imediatemente:
 Modificar unilateralmente as "cláusulas de equilíbrio financeiro" das PPPs, das SCUTs e das concessões, que onerem o Estado com o risco do negócio. Note-se que tais cláusulas genéricamente são proibidas pela lei mas, não obstante, constam daqueles contratos.
 Caracterizam-se por fazer com que o Estado suporte todos os prejuízos, ficando os lucros para os privados.
 Ainda segundo a lei geral, pelos prejuízos já sofridos pelo Estado em consequência destas cláusulas - e que estão todos devidamente contabilizados (nem é preciso procurar) - devem ser responsabilizados os agentes do Estado (Ministros, Secretários de Estado, Directores Gerais, etc) que tiverem assinado os contratos em questão, e condenados a pagar esses prejuízos e executados no seu património directo e indirecto (off-shores, inshores, etc) para pagamento.

sábado, 9 de abril de 2011

socretinices

 Sócrates e os seus anõezinhos acusam o PSD da crise. É cretino.
 Por um lado porque não foi o PSD que recusou o PEC VI: foi toda a oposição.
 Por outro, porque foram seis anos de governo incompetente que encheram o copo até a borda: a recusa do PEC IV foi só a gota de água.