domingo, 15 de maio de 2011

a CIA no seu melhor - o Caso Strauss-Kahn

 Quando já estava embarcado no avião da Air France, no aeroporto, pronto para descolar, Dominique Strauss-Kahn, presidente do FMI, foi preso pela polícia de Nova Iorque, que para isso impediu a descolagem do avião.
 Foi acusado de violência sexual sobre uma empregada do hotel onde tinha estado. A prisão foi feita com fundamento UNICA E EXCLUSIVAMENTE nas decarações da dita cuja, que não foram corroboradas por mais ninguém nem suportadas por quaisquer outros indícios. Ela disse, simplesmente, e eles prenderam o Presidente do FMI (que, por acaso até é Francês).
 É bom que se saiba que a justiça americana não prende pessoas só porque alguém diz que as agrediram ou tentaram violar. Não chega em nenhum país civilizado e nos EUA também não.
 Porquê então esta cena?
 Note-se que é o mesmo truque que já foi aplicado com êxito no caso de Julian Assange, o homem da Wikileaks. Só que, no caso Assange, eram duas taradas; no de Dominique Straus-Kahn foi só uma.
 Esta técnica da CIA para atacar os seus targets não pode passar sem denúncia e estigma.
 O Vice-Presidente (norte-americano) do FMI tinha-se demitido. Por isso, era preciso abater o Presidente (europeu).
 Quando Obama foi eleito, a generalidade dos Europeus (eu incluído) acharam que iria haver um «President of the United States» amigo da Europa. Houve quem duvidasse, mas ninguém ligou. Afinal os cépticos tinham razão: Obama ainda é mais hostil à europa do que o seu antecessor. Bush queria que a Europa fosse uma colónia militar do EUA; Obama desencadeou uma guerra económica contra a União Europeia e o Euro. Portugal está a ser profundamente atingido nesta guerra económica desencadeada por Obama.
 O Caso Strauss-Kahn é muito grave.

4 comentários:

  1. Olá! Sou do Brasil e li o teu post sobre a forma absurda como correu a prisão de Strauss-Khan, de quem não sou admirador, mas acho injusto o “modus operandis” de sua detenção. Considerei a tua opinião, acerca do caso, uma das mais sensatas até agora. No entanto, você esqueceu-se de abordar um aspecto nada indiferente. O fato de ele ser judeu e ter proximidade com Jerusalém. Nesse instante "pós-Osama", e sendo ele o provável sucessor de Sarkozy(ou o era antes disso tudo) não soa estranho isso também? Deter um possível futuro presidente Pró-Israel, europeu e vinculado à causa européia? Que me dizes?

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  2. Concordo com tudo. E acrescento: Antes, o FMI era sobretudo um mecanismo de defesa dos Bancos contra as falências dos países pobres; DSK mudou e pôs o FMI ao serviço dos povos. Exigiu que os programas de restruturação contivessem mecanismos de expansão económica, de progressão das economias e de desenvolvimento, além das tradicionais defesas dos credores. Cooperou na defesa do Euro, atacado pela finança americana. É um social-democrata europeu. Não sabia que era judeu, pró-Israel, mas cabe bem no quadro. O centro-esquerda europeu, a social-democracia, incomoda os norte-americanos e quem manda neles: os banqueiros. Tinham de o tirar do FMI.

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  3. Estas conspiracoes sao absurdas. Acusam a policia de NY de nao ter provas, mas onde estao as provas das ditas conspiracoes? Alias, a policia tem muitas provas (ADN, etc.) e varias testemunhas. E nao falar dos amigos do DSK tentarem pagar a familia da empregada.

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  4. Caro Peter Calvet. Obrigado pelo comentário a que passo a responder:
    Não é absurdo.
    Quando foi feita a prisão, dentro do avião, a única prova que a polícia tinha eram as afirmações da auto-intitulada vítima e mais nada. Ora, a simples queixa não constitui nunca uma prova.
    Provas de ADN: Em primeiro lugar, não dão mais que 90% de probabilidade e deixam 10% de fora. Pobres dos que ficam nos 10%! Além disso, as colheitas do ADN foram feitas pela própria polícia sem qualquer controlo jurisdicional nem qualquer garantia. E tanto podem ter sido feitas primeiro no local e depois no acusado, como a inversa: primeiro é recolhido o esperma do suspeito que depois é colocado no local do crime e na roupa da alegada vítima. É uma prova que, se for recolhida sem controlo jurisdicional não tem qualquer valor, de tão facilmente manipulável que é.
    Tetemunhas: não houve testemunhas.
    Mais: as actuações da família do visado não lhe podem ser imputadas e não podem servir de prova contra ele. Mesmo que lhe sejam imputáveis, as actuações da defesa não podem ser consideradas provas do crime. É-se criminoso porque se defende? Só na Inquisição!
    Este tipo de conclusão inibe completamente adefesa do acusado.
    Em Portugal nada disto seria admitido, como não o seria em qualquer país europeu.
    Mas há mais: DSK telefonou para o Hotel a perguntar se tinham encontrado um do seus telemóveis e, perante a resposta afirmativa, disse que estava no aeroporto a apanhar aquele avião e pediu o lho fossem lá levar. Este comportamenteo é incompatível com quem quer fugir.
    OU NÃO É ???!!!
    Caro Peter Calvet, eu sou Catedrático de Direito e tenho 40 anos de advocacia activa. Quando digo que esta acusação foi montada - e repito que o foi - sei muito bem o que estou a dizer.

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