domingo, 17 de julho de 2011

first they took Athens, then they'll take Berlin...

As agência de rating eram deviam ser partnerships em vez de serem corporations. Deviam ter sócios individuais, especialistas em análise de riscos de investimento, que se respnsabilizariam, na credibilidade e no património pessoais, pelas análises que faziam.

Mas não. São corporations com sócios que são os investidores do mercado financeiro. Isto acarreta um conflito de interesses, que elas resolvem a favor dos seus accionistas. Os seus acionistas estão naturalmente interessados nas altas taxas de juros que as as baixas de ratinga trazem consigo. Dai que, em vésperas de ida aos mercados por parte de países financeiramente débeis, elas lhes baixem os ratings. Elementar: é o shareholder's value.

Só que, a continuar este negócio, ninguém vai escapar. De bail out em bail out os outros países ir-se-ão individando para satisfazer a insaciável exigência das agências de rating. E, um dia, lá estará a Alemanha com o rating a ser downgraded.

First they took Athens, then they'll take Berlin. 

sábado, 9 de julho de 2011

moody's blues

In the eyes of a child, we can see that the world... assistiu à maior desautorização que alguma agência de rating alguma vez sofreu.
Foi o BCE, foi o FMI, foi a EU, foram os jornais por todo o lado, menos o Financial Times (deve ter participação da Moody's no capital). Foi a Sr. Merkel, a Sra. Lagarde, o Sr. Trichet... e até o Sr. Cavaco (tarde). Perdeu os contratos que tinha em Portugal. A bolsa de Lisboa aguentou as cotações o que significa que perdeu a credibilidade no mercado.

domingo, 3 de julho de 2011

acts of God?!

Os colapsos financeiros da Islândia, Grécia, Irlanda e Portugal não teriam sido possíveis sem comportamentos negligentes, incompetetentes e indecentes por parte dos respectivos ministros das finanças, bancos centrais e banqueiros locais.
Há responsáveis. Os responsáveis têm de ser responsabilizados.
O que aconteceu não foram «acts of God».
Não é eticamente possível olhar para o lado como se de uma catástrofe natural se tivesse tratado.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Strauss-Kahn again...

Agora que já foi substituído na presidência do FMI, Strauss-Kahn foi liberto e foi-lhe devolvida a caução prestada.
 Afinal, a dita senhora recebeu quantias cuja origem não explica, está ligada a drogas e, parece, outras coisas. Terá também entrado em contradições e houve conversas telefónicas escutadas e gravadas que, em conjunto com o que antecede, levaram a própria acusação a descrer da sua versão.
 Posto isto, fica a dúvida sobre quem terá construído esta manipulação. Há dois candidatos: os serviços secretos americanos e os servições secretos franceses. Podem ter sido ambos em conjunto, mas podem também ter havido outros interessados em afastar um Strauss-Kahn e a sua política mais favorável aos devedores e menos aos credores (Bancos e Fundos), como tinha expresso numa conferência recente em Georgetown. Há muito espaço, agora, para a teoria da conspiração.
Ao apressar-se a apoiar a candidatura de Lagarde, os americanos deixaram Sarkozy sozinho como suspeito. A opinião pública francesa já tinha maioritariamente adoptado esta tese.
É agora Sarkozy que tem de se explicar. Já agora pode aproveitar para explicar se teve algum papel também no processo contra Villepin (cesteiro que faz um cesto faz um cento).