domingo, 14 de agosto de 2011

o ruído

É um conceito provinciano de qualidade turística aquele que induz todas as esplanadas, cafés, bares, etc., ao ar livre ou não, em Portugal, a serem incapazes de silêncio. Há sempre um ruído de fundo de música pesada, memória da discoteca da noite anterior dos meninos ou meninas ensonados que ali estão a atender os clientes. É desagradável. ... bum, bum, bum...
Durante algum tempo pensei que era uma estratégia que visava impedir que os clientes se atardassem em frente duma bica vazia, empurrando-os dali para fora para libertarem a mesa.
Mas não.
Acho que vem duma reminescência cultural atávica das romarias, no átrio da Igreja ou no recinto da feira, com fungágá aos gritos.
Não há nada a fazer. Num país que tem revista em vez de ter ópera, tinha de ser assim.

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