sábado, 22 de outubro de 2011

Shadenfreude

Cavaco não explicou como é que se consegue atingir o objetivo acordado com a troica para o défice do anos fiscal de 2011, sem tocar no 13º mês e no subsídio de férias da Função Pública. Cavaco tinha vindo a público discordar abertamente da Proposta de Orçamento Geral do Estado nessa matéria.
Commonsense interrogou-se e, no seu íntimo, teve uma esperança: Cavaco saberia o que estava dizer? Tinha de saber. Ele é Presicente da República, foi Primeiro Ministro, foi Ministro das Finanças, Professor de Finanças Públicas, técnico do Banco de Portugal.
Commonsense não podia a acreditar que Cavaco não soubesse o que dizia. E continua a não acreditar.

O que foi então que moveu Cavaco a tomar aquela atitude?
Os alemães chamam-lhe «Shadenfreude», alegria com a desgraça alheia.
Cavaco - e a sua gueixa Manuela - não consegue suportar que alguém tenha êxito onde ele não teve. Deu a sua facadinha, deitou pingo de veneno, pôs-se de fora, tirou o cavalo da chuva.
No fundo, Cavaco gostaria que Passo Coelho falhasse. Só que se Passos Coelho falhar, falhamos todos nós. E será o colapso do País, a ruptura social, o caos.
Com esta atitude, a primeira pessoa a falhar foi o próprio Cavaco.
Commonsense deixou de acreditar que Cavaco, quando fala, saiba o que diz.

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