quarta-feira, 4 de setembro de 2013

de Espanha, nem bom vento nem bom casamento

Nos tempos e Salazar e Franco, havia um entendimento tácito entre Portugal e Espanha, segundo o qual Portugal não se envolvia na questão das nacionalidades espanholas e Espanha não entrava em comportamentos hostis a Portugal. Foi nessa linha de entendimento que Espanha apoiou sempre a política ultramarina portuguesa e Portugal a centralização castelhana.
Depois do Salazarismo e do Franquismo, Portugal e Espanha mantiveram, por hábito, por inércia ou mesmo por inteligência, a política de não hostilização mútua e até de apoio recíproco.
Agora, o Governo de Madrid quebrou esta prática saudável e resolveu formular unilateralmente nas Nações Unidas a pretensão à zona atlântica das Selvagens. Depois de décadas de paz, a Espanha regressou a práticas antigas de cobiça e predação dos interesses portugueses.
Se em Portugal houvesse política externa, dever-se-ia olhar atentamente para a questão das autonomias ibéricas e sustentar o princípio da auto-determinação, também nas Nações Unidas, em relação a Gibraltar, à Catalunha, ao País Basco e à Galiza.
Talvez assim Madrid compreendesse as realidades da vida. Durante séculos, Portugal aprendeu que a Espanha só respeita o que é forçada a respeitar. 

2 comentários:


  1. Mas o Pedro ainda acredita que estas últimas fornadas de "políticos" de aviário, sabem alguma coisa de HISTÓRIA, mesmo a mais recente?
    Sobre ética, honra e compromisso nem vale a pena falar... são valores de que nem sabem o significado.
    Meg

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  2. Pois é, Meg. Infelizmente não os vejo ultrapassar o oportunismos mais "oportuno". Também acho que nada sabem do que deviam. Será que o Machete vai agir como um machote?

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