segunda-feira, 18 de agosto de 2014

uma frota de 10 submarinos e tal


Na fraude BES/GES desapareceu um valor correspondente a uma frota de 10 submarinos NRP Tridente (na imagem). O Tridente custou aproximadamente 679,3 milhões de €uros. Na fraude BES/GES desapareceu valor de  aproximadamente 7 mil milhões de €uros, o que dá para 10 submarinos NRP Tridente e ainda sobra.
Commonsense acha bem a compra destes submarinos - que aliás deveriam ser três, para terem toda a sua operacionalidade. Sem eles, a Marinha Portuguesa, seria uma anedota e não seria levada a sério por ninguém.
E não digam que foi caro. Caro, muito caro, foi o banqueiro Ricardo.

sábado, 16 de agosto de 2014

a reforma do regime

A reforma do regime tem de começar pela abolição do Tribunal Constitucional e pela atribuição das suas competências ao Supremo Tribunal de Justiça, esse sim um verdadeiro Tribunal.
Sem isto nenhuma reforma do regime será possível, porque o actual Tribunal Constitucional considerará todas mudanças inconstitucionais com invocação da violação do princípio da confiança.

os pobrezinhos

Apareceu por aí, no Facebook e nas mesas dos jantares, dos almoços, nas areias da praia, nos bares dos copos e nos copos do bares, e por todo o lado, que já havia membros da Família em dificuldades, por lhes terem sido «congeladas» as contas no BES velho.
Não vi ainda ninguém carpir as mágoas daqueles - fora da Família - que confiaram as suas poupanças ao BES/GES e que simplesmente ficaram sem elas. Também os há com dificuldades de dinheiro no dia-a-dia por causa disso.
A diferença é que uns têm uma espécie de direito natural a serem ricos e os outros não.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

€uros, muitos e de qualquer maneira

Ele é tão lindo o dinheiro. Mas na medida certa. De menos faz falta; de mais, enlouquece.
Não nasce nas árvores nem nas folhas de EXCEL.
Também não é criado por contabilidade criativa, muito menos pela falsificação das contas.
É um bem raro que tem de ser bem administrado. Para isso criaram-se o Bancos, que captam o dinheiro inerte nas poupanças e o mobilizam para o investimento. Os Bancos são imprescindíveis para uma economia saudável e próspera. Mas têm de ser geridos por pessoas sérias, prudentes, inteligentes de competentes.
Não podem ser entregues a a tontos nem a loucos, que se limitem a herdá-los
Nos últimos cinco anos, faliram três Bancos em Portugal. Todos eram geridos por pessoas movidas pela ganância - greed - tontos e loucos, que com eles quiseram apenas ganhar €uros, muitos e de qualquer maneira. Apropriaram-se do dinheiro dos clientes como se fosse seu e fizeram-no desaparecer.
Têm de ser presos e presos ficarem ate que devolvam o dinheiro que desapareceu e do qual Commonsense pensa que se apropriaram.

a Escócia independente e a União Europeia

Próximo setembro vai ocorrer o referendo sobre a independência da Escócia. Os dois lados - Better Together (pela união) e Yes Scotland (pela independência) - estão muito próximos e qualquer deles pode ganhar. Segundo os analistas um apoia-se na racionalidade e outro na emoção.
Um dos argumentos usados pelo Better Together é o de que uma Escócia independente teria de requerer ex novo a adesão à UE. Este argumento, que foi suportado pelo incrível Barroso, é falso porque implicaria que os Escoceses fossem expulsos da UE por terem exercido a democracia. É claro que, independentes ou não, os Escoceses continuarão a deter a cidadania europeia.
O que existe de preocupante neste referendo é que o resultado vai ser muito próximo, a maioria muito curta e o poder de convicção ténue.
O debate da independência da Escócia vai continuar depois do referendo, seja qual for o resultado.
Commonsense apoia a independência da Escócia. Por razões históricas ligadas ao massacre dos católicos, por razões ideológicas porque os escoceses têm o direito de não serem governados pela City of Westminster e pelos Financial Services mais crooked do mundo, porque a Escócio independente virá reforçar a União Europeia e enfraquecer o movimento anti-europeu, e finalmente porque os escoceses têm direito à autodeterminação.

  

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

mixordeiros financeiros


Antigamente havia os mixordeiros. Eram gente que adulterava e vendia géneros alimentícios adulterados. Azeite com mistura de óleo, leite com água, chouriços com carne estragada, etc. Eram perseguidos e incriminados pela Inspeção Geral das Atividades Económicas. Eram crimes contra a saúde pública. Isto no tempo do Salazar. Ainda hoje está previsto no artigo 282º do Código Penal «corrupção de substâncias alimentares ou medicinais».
Imaginemos o que seria se os postos de abastecimento fornecessem gasolina e gasóleo adulterados, misturados sabe-se lá com quê, sem as caraterísticas devidas. E as farmácias... e aí por diante?
Agora há mixordeiros financeiros, que produzem e vendem produtos financeiros adulterados. Só que, agora, não são são incriminados. Atira-se para cima do comprador-consumidor o ónus de se aperceber e separar o trigo do joio – caveat emptor. O melhor é não lhes comprar nada e fugir deles.