quarta-feira, 6 de agosto de 2014

mixordeiros financeiros


Antigamente havia os mixordeiros. Eram gente que adulterava e vendia géneros alimentícios adulterados. Azeite com mistura de óleo, leite com água, chouriços com carne estragada, etc. Eram perseguidos e incriminados pela Inspeção Geral das Atividades Económicas. Eram crimes contra a saúde pública. Isto no tempo do Salazar. Ainda hoje está previsto no artigo 282º do Código Penal «corrupção de substâncias alimentares ou medicinais».
Imaginemos o que seria se os postos de abastecimento fornecessem gasolina e gasóleo adulterados, misturados sabe-se lá com quê, sem as caraterísticas devidas. E as farmácias... e aí por diante?
Agora há mixordeiros financeiros, que produzem e vendem produtos financeiros adulterados. Só que, agora, não são são incriminados. Atira-se para cima do comprador-consumidor o ónus de se aperceber e separar o trigo do joio – caveat emptor. O melhor é não lhes comprar nada e fugir deles.

1 comentário:

  1. Impossível comentar. Depois de aberta a Caixa de Pandora, a porcaria é tanta e tão surpreendente que não sobram palavras para exprimir o sentimento de repulsa pelos factos em catadupas, e muito menos o terrível pressentimento - cada dia mais acentuado - de que não se passou nada, e uma certeza... ainda ninguém foi PRESO!
    Este país é pequeno demais para tanta trafulhice. Ainda hoje, no Expresso, uma grande entrevista com um dos que já devia estar à sombra há muito tempo. Hélder Battaglia, uma das 3 pessoas com quem Ricardo Salgado está impedido de contactar, já arguido no caso do 30 milhões dos submarinos e que foram parar às Ilhas Virgens. É arguido há tanto tempo que já ninguém se lembra. E assim vai passando o tempo e a Justiça completamente amordaçada. Porque os casos se enrolam uns nos outros, estão todos ligados entre si e, no final, fica tudo em FAMÍLIA à italiana.
    E o povo anda feliz e contente, a pensar na praia de nas festas, muitas e cada vez mais festas deste verão em que não se vislumbra o mínimo sintoma de crise. As pessoas continuam a tomar o pequeno almoço nas pastelarias, em casa deve dar muito trabalho, os jovens - miúdas e miúdos - andam por aqui a cair pelos passeios vítimas de comas alcoólicos, é a prostituição...as sirenes não dão sossego durante a noite. É o INEM, é a polícia... um verdadeiro "resort de luxo" a que alguns chamam o melhor da Europa, transformado nesta coisa que não quero qualificar.
    A mixórdia está espalhada por esta sociedade decadente, mas parece que esta história da banca explodiu de vez... IMPUNEMENTE???????
    E o povo aguenta mais uma vez, mas lamento dizer, com algumas culpas no cartório!
    Uma questão de ADN... who knows?
    M.

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